Perspectiva
Um blogue sobre fotografia, por Luís Afonso


Etiqueta: filosofias


Viagem ao Interior


A resposta à pergunta "porque fotografo" nem sempre tem uma resposta fácil. Mas como tinha prometido responder, aqui fica a história dos meus últimos anos como fotógrafo de paisagem natural. Durante esta viagem ao interior de mim talvez consiga chegar à tão ambicionada resposta.

Colecções de Cromos


Seremos nós fotógrafos ou apenas coleccionadores de fotografias? Das cadernetas de cromos fotográficos às imagens realizadas como um meio de expressão artística vai uma distância do tamanho do mundo. Se sente que anda a coleccionar cromos em vez de andar a fotografar, estas minhas palavras são um desafio para parar. O arroz de pato é oferta da casa!

Fotografia: Ficção ou Realidade?


Este fim-de-semana, no decorrer de um curso de edição que estou a dar pela Primeira Luz, entreguei aos participantes um questionário de avaliação. Na primeira pergunta podia ler-se "Edição é sinónimo de adulteração da imagem. Verdadeiro ou Falso?" Eu tinha a certeza que todos iriam responder prontamente falso, mas não foi isso que aconteceu e uma saudável discussão foi plantada no grupo.

Regressar após o regresso


Descubra 5 razões pelas quais deve regressar ao mesmo local vezes sem conta para o fotografar. Porque fotografar vezes sem conta no mesmo lugar está a um mundo de distância de fotografar vezes sem conta a mesma coisa em lugares diferentes.

Os Ecos da Fotografia


Porque preferimos escolher ser o eco e não a voz? O que levará tantos fotógrafos a querer repetir uma fotografia já feita e refeita por tantos outros. Auto-estima? Coleccionismo? Populismo? O segredo está em perceber porque fotografamos e sermos fiéis connosco próprios.

Contos de algodão agridoce


Como todas as histórias, esta também tem um começo. Passaram dez anos sobre o dia em que um grupo de colegas de trabalho, incitados por um fotógrafo de paisagem experimentado, decidiu combinar uma saída na zona da Serra e Costa de Sintra. Pela primeira vez, iria levantar-me antes do nascer-do-sol para fotografar. Leia o resto da história e descubra porque é que o consumo repetido de açúcar também pode ser prejudicial na fotografia de natureza.

Despertar a Criatividade


Se, tal como eu, já viu e reviu vezes sem conta o aclamado filme de Milos Forman sobre essa figura incontornável da cultura universal que dá pelo nome de Wolfgang Amadeus Mozart, pode por vezes pensar que a palavra génio está sempre associada a alguém que, de forma arbitrária, recebeu intensas graças divinas para vingar numa determinada faceta humana. Essa percepção, caro leitor, não poderia estar mais longe da verdade…

Arte. Ou será impressão minha?


Com o Natal à porta, são muitos os fotógrafos que publicitam no seu site - e nas redes sociais - a venda de impressões fine-art. Embora me pareça um mercado com pouca expressão em Portugal, constitui uma realidade bem viva lá fora. De facto, uma cuidada impressão de uma fotografia que mexa connosco é decididamente um presente infinitamente mais bonito do que uma batedeira, uma nova indumentária ou um novo gadget. Mas eu, dizem vocês, sou um pouco suspeito para o afirmar. Afinal, também sou fotógrafo e aspirante a artista… Mas o que é que é isso das impressões fine-art?

Play it again, Sam!


Hoje, abri a janela de uma das comunidades fotográficas mais populares do planeta, e lá estava ela, vestida de gala, em lugar de destaque. Refiro-me à PVG, mais conhecida pelo comum dos mortais, como Ponte Vasco da Gama. Pela enésima vez, uma imagem de um nascer do sol, sobre as águas cintilantes do Tejo, ocupava o lugar cimeiro no topo das preferências dos utilizadores do site. A fotografia? Belíssima! “Igual” a centenas de outras que podemos encontrar derramadas nas páginas dessa mesma comunidade. Foi então que germinou em mim uma pergunta: O que é que nos levará a querer fotografar um lugar já retratado vezes sem conta? O que é que nos entusiasma a colocar no nosso cartão de memória uma imagem já tantas vezes vista e revista?

Paixão pelo imprevisto


Perante a excitação da próxima viagem fotográfica, são cada vez mais os que mergulham umas semanas antes – às vezes até uns meses – num estado cognitivo de completa absorção: é a escolha meticulosa do equipamento a levar, o estudo exaustivo das características orográficas do destino, a forma com a luz abraça a paisagem em cada hora do dia, seus ângulos e intensidade, nunca deixando de pesquisar e visualizar centenas de imagens daquilo que, por certo, irão encontrar.